Publicações

  • O número de mulheres negras no trabalho doméstico é duas vezes maior que o de mulheres brancas

O fenômeno da exclusão social está associado à questão da discriminação de gênero e raça, segundo dados publicados no Dieese (2005), no Brasil as causas da pobreza são diferentes para homens e mulheres, em especial para a mulher negra que leva a desvantagem da dupla discriminação: ser mulher e ser negra.

O trabalho assalariado é a forma mais comum de inserção da mulher no emprego com ou sem carteira assinada. É o trabalho doméstico a principal referencia de ocupação feminina e o número de mulheres negras neste ofício é quase o dobro em relação às muheres não-negras.

A escolaridade da maioria das trabalhadoras domésticas está na média de menos de 8 anos de estudo, ou seja, ensino fundamental incompleto, em relação ao rendimento médio, as mulheres negras ganham menos que as mulheres não-negras.

Veja matéria completa.

DIEESE. Pesquisa - População negra. Trabalho Doméstico e Igualdade de Gênero e Raça: desafios para promover o Trabalho Decente no Brasil. Organização Internacional do Trabalho - OIT. nov.2005.
Disponível em: <http://www.dieese.org.br/esp/OITdomestico.pdf>. Acesso em 22/07/2011




  • Mulheres, crianças e adolescentes negros estão entre os mais vulneráveis à violação de direitos

Segundo dados do IBGE/PNAD 2004, a pobreza entre crianças negras é duas vezes maior que entre as crianças brancas, de 800 mil crianças fora da escola entre 7 e 14 anos, 500 mil são negros.

O acesso ao trabalho é desigual entre homens e mulheres e os salários pagos às mulheres são inferiores aos dos homens. As famílias chefiadas por mulheres reproduzem o fenômeno da feminização da pobreza, onde estão concentrados os problemas da falta de saneamento básico, falta de acesso à água tratada e domicilios em locais subnormais.

O panorama social filtrado pelo recorte de raça e gênero desvenda a cruel realidade que vive a população negra no Brasil que é demandatária de políticas públicas direcionadas envolvendo os governos e a sociedade civil organizada no combate as históricas desigualdades que perpassa pelas esferas públicas e privadas.

Leia mais.

UNIFEM. Desigualdades Raciais e de Gênero entre Crianças, Adolescentes e Mulheres no Brasil, no contexto dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Disponível em: <http://www.unifem.org.br/sites/700/710/00000163.pdf>. Acesso em 22/07/2011.